quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

“Olho por olho e o mundo acabará cego”

É preciso muita calma e equilíbrio para aceitar as verdades, compreender (ou pelo menos tentar compreender) os atos (e fatos!). Quantas vezes você pensou (hoje) em pagar na mesma moeda o mal que alguém te fez? É como dizem: “Um ato ruim, supera cem atos bons!”. Agora repense, porque não multiplicar o bem que te fizeram ao invés do mal?

Não me surpreende que Mahatma Gandhi tenha sido o autor da frase simples e célebre “Olho por olho e o mundo acabará cego”. Gandhi, indicado 5 vezes ao prêmio Nobel da paz e inspirador das últimas gerações de ativistas democráticos e anti-racismo (Como Nelson Mandela, por exemplo), pregava (e defendia) dois princípios simples: a Verdade e a Não-violência (Não-agressão) como meio de revolução, o próprio Shakespeare (de quem eu sou declaradamente fã) já dizia que: “É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que pela ponta da espada”.

Nosso primeiro impulso em situações de conflito é adotar a Lei de Talião: “Olho por olho, dente por dente, mão por mão, faca por faca...” disso pra pior. Alguns conflitos existem sim e estão aí para serem resolvidos, mas você já parou pra pensar que os outros conflitos são coisas que a nossa cabeça trata de inventar? Uma atitude "mal" pensada pode causar danos irreversíveis, e pra tentar errar menos eu resolvi imprimir, decorar o processo a seguir (e compartilhar com vocês): Analisar a situação (umas 100 vezes pra não restar dúvida), identificar os problemas (que existem de verdade e não os que eu criei), identificar as saídas (elas sempre se apresentam) e tomar a atitude mais sensata (Lógico que isso só é possível depois de muita reflexão e chá de camomila.. rs).

Seguir a Verdade e Não-violência é um desafio que podemos lançar para nós mesmos todos os dias. Não que seja fácil, mas que tal se começássemos a sorrir mais? E depois a abraçar e compreender mais? Que tal se usássemos as palavras com mais cautelas? Isso é pra eu mesma tentar ser cada vez melhor.

Verdade e não-violência.
Em busca do autoconhecimento.


     “Olho por olho e o mundo acabará cego”
- Mahatma Gandhi 

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O fim do amor.

O maior segredo do amor não é por que amamos, mas por que deixamos de amar.

 Nem procure recapitular o que bebeu na noite anterior. Não tomou nada. É a ressaca da sobriedade. Um imperioso repuxo da boca.

A descoberta é sutil como perder um prendedor de cabelo. Quase insignificante como um enjoo, um cansaço. A consciência surgiu por acaso, sua origem não é bem certa, de repente na hora de escovar os dentes ou ao regar as plantas ou ao atender o interfone. Não tem lógica. Saímos do centro de gravidade que nos tornava absolutamente dependente dos gestos e das atitudes do outro. Estamos livres para pensar sozinhos e, ao mesmo tempo, presos para sempre na incompreensão.

O desamor é tão fulminante quanto a atração, mas com consequências embaraçosas. Como abandonar a militância, a ideologia, e não ser visto como um traidor? Como narrar o que não tem enredo e reunir sentido em frases soltas e ensimesmadas?

Qualquer um vai se envergonhar de contar, trata-se de um sopro, não mais de uma voz. Não é algo para perguntar, está resolvido, fertilizado de impressões.

Por que é duro sair de casa sem um motivo. Duro encarar quem amamos tanto tempo sem oferecer nenhuma explicação adequada e convincente para o fim. Duro conversar sem mesmo entender como ocorreu a passagem de lado, de uma fidelidade extrema e desesperada à indiferença. Duro executar a tarefa, sabendo que alguém aguarda ansiosamente uma palavra para desaguar os traços, uma palavra onde possa colocar a culpa e amaldiçoar nosso nome. Esse alguém precisa da palavra que não temos, como um pai ou uma mãe do corpo desaparecido do filho.

Vive-se a tragédia de não ter uma tragédia para desencadear a briga. Não haverá uma causa específica para a distância. Fugiremos do contato visual, por não corresponder mais às expectativas.

Receberemos a fama de mentiroso, de fraco, de que estamos escondendo a verdade. Muitos forçam uma causa, para descontar o preço da loucura. Muitos revisam os últimos movimentos para justificar o término. Muitos mentem para não passar trabalho. Muitos tentam diminuir a injustiça inventando fatos.

O que aumenta a penumbra é que incrivelmente nunca mais encontraremos nosso par, apesar de viver na mesma cidade, frequentar o mesmo bairro, dividir gostos semelhantes. Nenhum esbarrão no mercado ou no banco. Os amigos em comum apagam as pistas. Não dá para compreender se mudamos os hábitos ou os hábitos não nos pertenciam mesmo e queríamos agradar pensando que eram nossos....

A emoção ficou represada ou talvez já houvesse secado. A questão é que não nos falavam os durante dois meses. Idealizaramos um reencontro que não aconteceu. Não existe justiça depois da separação.

Eu não sinto mais nada.

- Fabrício Carpinejar

O começo (motivo) do blog.


Os meus blogs sempre têm começo, ápice e fim (não porque eu feche a conta, mas por parar de atualizar mesmo). O maior problema é que eu sempre fiz da forma errada, por não me conhecer direito buscava inspirações em fatos externos, sem entender que enquanto não estivesse tudo bem COMIGO, não estaria tudo bem com nada que fosse visto através do meu “EU”, bom... Mas isso é assunto pra outro post.
Depois de dois relacionamentos fracassados resolvi buscar um equilíbrio entre os prazeres, obrigações e amores – do corpo e da alma. 
Sintam-se bem vindos para partilhar um pouco de mim.