sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Luto.


 Uma vontade de gritar que a vida não é justa, e que o a sexta-feira pode ir à merda já que levaram vocês, que o tempo pode muito bem voltar pra uma das madrugadas em que nos encontrávamos perdidos por aí, para alguma sexta-feira, alguma festa. Que o tempo pode muito bem voltar pra quando éramos mais próximos. Mas o tempo não volta, o abraço que dei semana passada (será que dei mesmo a porra do abraço?) foi muito pouco.
Sobra a dor de quem ficou, a certeza de que vocês passaram a iluminar uma nova dimensão. E a lágrima parece pesada, no fundo ainda não dá pra acreditar...

Hoje, sexta-feira, e o nosso encontro não teve risadas, nem comemorações, nem cervejas. Dessa vez só houve uma triste e silenciosa despedida.

Que te cuidem bem Pedro Turquetti e Pedro Mattos!
Descansem em paz!


“...Antecipaste a hora. Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas. Que poderias ter feito de mais grave do que o ato sem continuação, o ato em si, o ato que não ousamos nem sabemos ousar porque depois dele não há nada? Tenho razão para sentir saudade de ti, de nossa convivência em falas camaradas, simples apertar de mãos, nem isso, voz modulando sílabas conhecidas e banais que eram sempre certeza e segurança. Sim, tenho saudades. Sim, acuso-te porque fizeste o não previsto nas leis da amizade e da natureza nem nos deixaste sequer o direito de indagar porque o fizeste, porque te foste..."


- Drummond