"... estou procurando, estou procurando. Estou tentando me entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda..." (Clarice Lispector, a paixão segundo G.H)
domingo, 11 de maio de 2014
VENHA, POR FAVOR
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Nova forma de sentir.
Eu tive que sair. Se eu não saísse de lá naquele exato momento eu desmoronaria, e acredite: eu desmoronando não sou nada sexy.
Não foi nada que você disse ou fez. O problema ali era apenas a minha idealização de um romance perfeito e a nossa distância quase tangível. Não adianta, por mais que a gente tente se manter consciente e racional o coração trairinha sempre pega quando estamos mais desprevenidas.
A situação é simples, a lógica disso é algo que pra minha (e nossa) sanidade mental é melhor abdicar. Sabe quando o que dói, dói de bonito? (Sim, acabei de dar um tapa em mim mesma pelas contradições visíveis). O problema é exatamente o que não aconteceu e a bendita idealização de que seria perfeito, diferentes, com filhos lindos e casinha serena.
É só isso.
É igual aquela música: A paz, do Gilberto Gil. Nada mais, nada menos. Só isso:
"A paz
Invadiu o meu coração
De repente, me encheu de paz
Como se o vento de um tufão
Arrancasse meus pés do chão
Onde eu já não me enterro mais
A paz
Fez o mar da revolução
Invadir meu destino; a paz
Como aquela grande explosão
Uma bomba sobre o Japão
Fez nascer o Japão da paz
Eu pensei em mim
Eu pensei em ti
Eu chorei por nós
Que contradição
Só a guerra faz
Nosso amor em paz
Eu vim
Vim parar na beira do cais
Onde a estrada chegou ao fim
Onde o fim da tarde é lilás
Onde o mar arrebenta em mim
O lamento de tantos "ais" "
;)