sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O Amor do Pequeno Príncipe...

"(...) Desde agora, cinco da tarde, até a hora em quer for dormir, estarei sozinho, porque disse a todos os meus amigos que estava muito cansado e não queria ver niguém.
A menininha para quem cuidadosamente reservei esse tempo livre nem se deu o trabalho de me avisar que não viria.
Descubro com melancolia que meu egoísmo não é tão grande assim, pois dei ao outro o poder de me magoar.
Menininha, foi com carinho que lhe dei esse poder. É com melancolia que a vejo usá-lo.
Os contos de fadas são assim. Uma manhã, a gente acorda e diz: 'Era só um conto de fadas...' E a gente sorri de si mesma. Mas, no fundo, não estamos sorrindo. Sabemos muito bem que os contos de fadas são a única verdade da vida.(...)"

- Saint-Exupéry

sábado, 21 de janeiro de 2012

De um universo a outro.


É difícil mudar de casa. Sair da casca. Deixar o quentinho do cobertor. Sair do banho e alcançar a toalha. Mudanças são contrastes de estados e, por isso, doloridas. É nascer de novo sair de uma relação para o vazio. Ou para outra. É preciso coragem e ruptura. É preciso acreditar. Comum permanecermos imóveis por mais que o suportável. Sair do banho e agachar enrolado na toalha, pensando na vida. Demorar um tempo até tomar coragem pra mudar de posição. Mudar é um parto, sempre. Mesmo que o novo mundo seja melhor. Diante do universo inteiro que se anuncia novo, o de alguém que chegou de surpresa, muitas vezes nos acovardamos.




quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

*

"Don't be afraid, open your mouth and say what your soul sings to you... Your mind can never change unless you ask she to Lovingly re-arrange!
The thoughts that make you blue, the things that bring you down only do harm to you... So make your choice joy! The joy belongs to you!!
And when you do uou'll find the one you love is you. You'll find you love you!!"
- Massive Attack






;)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Onde estão as pessoas interessantes?

Não sei mais o que fazer das minhas noites durante a semana. Em relação aos finais de semana já desisti faz tempo. Tô fora de dançar os hits das rádios e ter meu braço ou cabelo puxado por um garoto que fala 'tipo assim', 'gata', 'iradíssimo'. Tinha me decidido a banir a palavra "balada" da minha vida e só sair de casa para jantar, ir ao cinema e a uns barzinho. Mas a verdade é que por mais que eu ame minhas amigas, a boa música e um bom filme, sinto falta de um amor. Me pergunto onde foi parar a única coisa que realmente importa e é de verdade nesta vida: a tal da química. Mas então onde, meu Deus? Onde vou encontrar gente interessante? Até quando vou continuar achando todo mundo idiota demais pra mim e me sentindo a mais idiota de todos? Foi então que eu descobri. Elas estão exatamente no mesmo lugar que eu agora, pensando as mesmas coisas, com preguiça de ir nos mesmos lugares furados e ver gente boba, com a mesma dúvida entre arriscar mais uma vez e voltar pra casa vazio ou continuar embaixo do edredom lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito. A verdade é que as pessoas de verdade estão em casa. Não é triste pensar que quanto mais interessante uma pessoa é, menor a chance de você vê-la andando por aí?

;)

Citação




isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além


-  Leminski


;)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A internet não é boa ou má: apenas é.

“Desde que descobrimos o fogo, lamentou-se que, de alguma forma, esqueceríamos como fazer saladas. Quando inventamos a roda, que esqueceríamos como andar. E, quando inventamos a internet, que nos esqueceríamos como pensar. A diferença é que, no caso da internet, isso pode ser verdade.”



Atualmente a internet é tanto uma fonte de informação quanto uma fonte de distração, mas você já parou pra pensar que ela pode acabar emburricando as pessoas?

Podemos observar claras evidências dos efeitos negativos no uso contínuo da internet. Estudos de registro apontam que internautas em geral, optam por pesquisas muito superficiais pela facilidade em encontrar as informações nos acervos de bibliotecas digitais (nem sempre confiáveis), conseqüentemente acabam adotando uma personalidade comportamental muito rasa e horizontal.

Se os estudos realizados por Garry Marshall estiverem certos, a tendência é que esse quadro piore á medida que os acessos a internet sejam cada vez mais freqüente, principalmente através da disseminação dos smartphones  e tablets que permitem a conexão 24h. Você já parou pra pensar o que a navegação pode fazer com sua cabeça?

Fazer buscas online é uma forma de simplificar informações e exercitar o cérebro, e no caso dos idosos, aumentar a cognição. O problema crucial observado nessas pesquisas rápidas, é que se tende a ter um pensamento bagunçado e descontinuo trocando de idéias com a mesma velocidade na qual se troca de site. Ou seja, temos um cérebro amplo de informações, mas superficial de conteúdos. A velocidade das buscas online tem como indicador principal (e preocupante) o pouco tempo gasto na avaliação da relevância, precisão ou autoridade dos dados vinculados. Os usuários, atualmente, estão mais interessados na velocidade da informação do que com seus reais e principais aspectos, como relevância por exemplo.

A tecnologia – em nosso caso, internet – não é boa ou má: apenas é. E apesar de poder dificultar nossa capacidade de concentração, nos trás a incrível capacidade de lidar com quantidades colossais de informações. O problema é que alguns usuários podem acabar viciados, e revertendo alguns efeitos sutis na vida comum. Em contra partida, pesquisas comprovam que internautas blogueiros e que postam em redes sociais freqüentemente, tem maior capacidade de leitura e escrita.

A questão que fica é: Como maximizar os benefícios e evitar riscos em potencial?

Pelo inferno e o céu de todo dia...


(porque existem horas nessa vida que só a arte - ou o bom humor - podem nos salvar...)


Vim ao mundo para questionar. Para me entender. Para ser feliz. Por isso, escrevo. Palavras são minha terapia. Meu remédio. Meu ponto de fuga e encontro. Na arte, eu me busco. É lá que eu sempre estou. Procurando o verbo, indagando a letra, consolando a frase que chegou ao fim. Quer me conhecer? Me encontre naquele romance antigo, segundo parágrafo, mostrando que a solidão não deve se atravessar a sós. Talvez eu possa – e isso é quase certo – me mudar pros tons daquela bela música e por lá ficar: “feita de luz mas que de vento”... Ah, me desculpem os Jungs, Freuds e Lacans. Mas Chico Buarque me entenderia! Alguns artistas – e nisso incluo poetas, músicos e demais sonhadores - parecem conhecer a fundo a alma humana. Quando falam de si, mostram um pouco também de nós. Quem nunca pensou, ao menos por um segundo: essa canção foi feita pra mim? Eu já me apropriei de centenas de músicas (com o devido crédito ao autor, é claro), que dizia serem "minhas". Naquele momento, elas - e só elas - pareciam entender o que eu sentia. Letra por letra. Rima por rima. Em cada nota, um espanto. E uma sensação de pura comunhão com o mundo: é, eu não estou sozinha. A arte também foi feita pra unir. Pra protestar. Para seduzir. Por isso, passo a vida escrevendo. Lendo. Garimpando frases. Buscando o verso certo. A estrofe perfeita. Ou um conhecimento maior sobre mim mesma. Se estou conseguindo? Não sei. A arte nem sempre é bondosa. Um dia nos pega no colo e, no outro, nos faz enxergar o que ainda é difícil de ver. Mas tudo bem. Enquanto houver um poema pra nos consolar e uma boa canção pra nos comover, "a gente vai levando".