quinta-feira, 11 de julho de 2013

Luva..

"Mas aí, daqui uns dias.... você vai me ligar. Querendo tomar aquele café de sempre, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro. E eu vou topar. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo."

- Tati Bernardi

quinta-feira, 4 de julho de 2013

The end..

Eu me perguntava a todo instante como havíamos chegado ao fim. Quando havíamos chegado ao fim. E porque havíamos chegado ao fim.
Amor de verdade não é eterno? E se aquilo não era amor de verdade, eu não sei mais o que sentir.

Só sei que a cada dia, nos desconhecíamos. Nós nos distanciávamos de maneira dolorosamente irreversível. Não havia mais assunto, o toque era evitado, o contato doía, a aproximação martirizava. De que adiantaria, agora, dizer tudo que estava preso na garganta? De que adiantaria, agora, querer consertar?

O abismo foi instalado, o abandono foi proposital. O esquecimento, opcional. Na primeira fragilidade a história foi abandonada por ambos, como se fosse um daqueles livros que paramos na metade. E paramos na metade por dois motivos: 1 - Porque não estamos maduros para entender o livro. 2 - Porque o livro é chato demais! E qual desses motivos será que foi nossa causa?

Rezo pra que apareça uma luz, e que eu me encontre. Dentro de mim.



"My dear
The end
Comes near
I'm here
But no much longer..."

segunda-feira, 1 de julho de 2013

ignorar o aviso?


"Para ter problemas com limites, é preciso primeiro TER limites, certo? Mas eu sou inteiramente tragada pela pessoa que amo. Sou como uma membrana permeável. Se eu amo você, eu lhe dou tudo que tenho. Dou-lhe o meu tempo, a minha dedicação, a minha bunda, o meu dinheiro, a minha família, o meu cachorro, o dinheiro do meu cachorro, o tempo do meu cachorro - tudo. Se eu amo você, carregarei para você toda a sua dor, assumirei por você todas as suas dívidas (em todos os sentidos da palavra), protegerei você da sua própria insegurança, projetarei em você todo o tipo de qualidade que você na verdade nunca cultivou em si mesmo e comprarei presentes de Natal para sua família inteira. Eu lhe darei o sol e a chuva. Darei a você tudo isso e mais, até ficar tão exausta e debilitada que a única maneira que terei de recuperar minha energia será me apaixonar por outra pessoa. Não é com orgulho que revelo esses fatos sobre mim mesma, mas é assim que sempre foi. O que sei é o seguinte: estou exausta com as consequências cumulativas de uma vida de escolhas apressadas e paixões caóticas."

- Elizabeth Gilbert