terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Ritmando;


Alguém já ouviu aquele ditado “Os apressados comem cru”? Pois é meus amigos, PASMEM: Eu, Margareth Moura – a pessoa mais apressada de todos os tempos –, venho aqui me redimir e dizer: Quanto maior a espera, maior a recompensa!
Não estou escrevendo por nada que eu ganhei, mas por tudo o que eu perdi. Estou aqui pelas pessoas que eu perdi, pelas oportunidades e soluções que eu não esperei amadurecer.
Quem me conhece um tiquinho, sabe do que eu estou falando. Eu tenho uma ansiedade, disfarçada de pressa, que não acaba nunca. Pressa de tudo, para tudo, para nada. Eu tenho pressa pra chegar. Pra sair. Pra encontrar. Pra me despedir. Para aniversários e datas comemorativas. Tenho uma pressa maior do mundo pra ter um dia de paz. Tenho pressa de: dormir, acordar, sonhar. Eu tenho pressa em falar o que está engasgado no peito e em viver tudo como se o mundo fosse acabar amanhã.
Mas, algo dentro do meu coraçãozinho desassossegado, está alertando que é hora de desacelerar, algo está acalmando meus passos (Agora lentos) e ritmando as batidas do meu coração. Parece até melodia, percebe?! Depois de anos ouvindo o som das baterias, agora só quero viver a melodia do vento. De alma leve e coração sereno.
Depois de duas décadas perdendo pessoas e coisas que amava por não estar preparada pra elas, hoje eu só quero me dedicar a alguém que me ame e amar sem medos, pressas ou receios. Eu não sinto mais pressa de viver, essa vida que se anuncia tão longa e breve... Eu só quero ser intensa, sem peso. Eu só me sinto intensa sem peso e sem pressa.
É possível?