quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Embora

E eu não queria que ele fosse embora. 
Embora eu não saiba o quanto custe sua presença, sei o quanto doeria a sua ausência. Sua ausência tem cara de dia cinza, tem cheiro de nada, tem gosto de comida gelada, tem aperto no peito e espasmos na alma. A ausência corta a pele e dá vontade de correr. Ir. buscar.
Seria justo uma coisa tão boa assim acabar?


Enfim..

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Sobre hoje.

A felicidade latejante deu espaço pra uma angustia apertada.

Agora, com os olhos marejados, eu volto a realidade de que tudo talvez não passe de um sonho. Um sonho lindo, um sonho que eu quero viver todos os dias, um sonho que me faz acreditar. Um sonho que não seria justo chegar ao fim. 

Me bateu tanto medo de perde-lo que só podia me preparar para o fato que estava bem na minha frente. O fato de que poderia estar acontecendo aqui dentro.

Será enfim, que eu estou experimentando, o Amor?

sábado, 25 de outubro de 2014

Re (qualquer coisa)

Aí eu percebo que tudo acontece forte e meio sem jeito. Começa um novo amor e apresenta-se (finalmente) a possibilidade de um final feliz, um felizes pra sempre. E eu acredito, acredito muito, mas esbarro o tempo todo nas experiências negativas passadas. A gente pensa que não, mas elas sempre ficam entalhadas no nosso inconsciente, esperando o primeiro momento de sair. De se exibir. E saem. Saem desafiando qualquer coisa que está pela frente. Forte e sem freios.
Eu sei que agora é diferente e que nada se repetiria, mas meu coração calejado de tanto amar errado busca freios e ao mesmo tempo se entrega, se enterra. Sem pensar, sem cessar.

Quando mentem pra gente, a nossa atitude (mesmo que inconsciente) é não acreditar nas outras pessoas. Quanto a mim? Sempre acredito, mais uma e outra vez... Mas o que aconteceu dessa vez eu não sei.


Será que o medo de que a história se repita, vai me impedir de me entregar?

domingo, 21 de setembro de 2014

Lembrança



Não resisti. Tive que ir fuçar fotos nossas... Afinal, fossa sem foto não é fsossa, e todo ser humano que se preze precisa viver uma fossa bem vivida.

Lembrei que apesar das adversidades, a gente sempre era companheiro. Lembrei das festas nas compras no supermercados. Lembrei dos dias que não tínhamos um centavo no bolso, tínhamos apenas um ao outro e DVD’S velhos, numa cama velha. Lembrei daquele Ano Novo que não tínhamos nada na geladeira, não havia nada aberto e provavelmente passamos a maior fome da história. Lembrei de quando escondíamos seu carro atrás do pronto socorro pra que meu pai não nos descobrisse no nosso esconderígio secreto. Lembrei do frio na barriga que surgia sempre que você me chamava de: “Minha pequena, Minha linda!”, lembrei do quanto sua cara de preguiça era linda. E do quanto fazíamos nossos momentos se perpetuarem. Lembrei do nosso abraço... E de como se encaixavam... Lembrei do nosso beijo e ânsia de entendimento... Lembrei de quando confidenciamos nossas dores e incertezas, e de quando curamos nossos desejos e anseios por amor. Lembrei das nossas brigas (tão sem necessidade) e de como sempre dávamos um jeito de cuidar um do outro. Lembrei daquele azulejo da cozinha que você escolheu pensando em mim. Lembrei de quantas noite viramos acordados falando sobre a vida, nossas vidas e o que deveríamos fazer. Lembrei das minhas tentativas (falhas) de cozinhar, Lembrei de quando você, meio sem jeito, queria dizer o quanto queria algo novo. Lembrei do quanto você foi egocêntrico e do quanto fui injusta. Lembrei também daquele dia que fui rolando do sofá pro colchão. Lembra o quanto você amou aquilo? Lembra o quanto dias dormimos naquele colchão, na sala, abraçados pra se proteger do frio?! Lembro do nosso frio.


Lembro de quanto a gente meio que se compartilhou, se conheceu,se moldou. Meio que se moldou para o fim.


Lembro que você errou muito, mas eu te amava demais para perceber. Lembro que quando você mudou para “nós”, eu estava cega demais pra perceber e também errrei muito. Lembro o quanto, no último ano, fui culpada por desistir de você e também lembro o quanto nos anos anteriores você abusou do meu “não entender”.


Eu lembro. E minha vida é lembrar... E não querer..

Sobre as vantagens (e desvantagens) de escolher

Eu não quero terminar aquele filme que eu meio que gostei agora, não quero parar de gostar dele. Eu não quero ler o final daquele livro que eu meio que gostei agora, não quero cansar dele. E é isso que estou fazendo com tudo que gosto na minha vida: não vivendo pra não para de gostar. Freud explica?!
Nem eu explico. Sou adepta ao sentir sem medo, viver sem receio, se jogar sem amarras. Acredito na vida, no amor e nas possibilidade de recomeço. Mas... Simplesmente não flui.
Meio que canso de tudo, fico sem paciência, sem vontade ou persistência.

Será medo? Será falta do tal do "Q"? Será orgulho? Será aquela história antiga? Será aquela (não) história atual?! Será que será?... ou será que de fato nada disso é pra ser? E finalmente, o que é pra ser a gente escolhe ou já vem escrito na nossa vida (ou destino)?

Clarice Lispector falava assim: "Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais.Não me é necessária. Assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar, mas que fazia de mim um tripé estável. Essa terceira perna eu perdi.E voltei a ser uma pessoa que nunca fui . Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas. Sei que somente com as duas pernas é que posso caminhar. Mas a ausência inútil da terceira perna me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, sem sequer precisar me procura"

Me livrei do tripé, andei, conheci caminhos e lugares novos que precisavam ser experimentados, munida apenas de minha própria companhia. Era assim que tinha que ser. Era assim que eu quis (e escolhi) que fosse. Mas como ser um tripé que caminha?! Como deixar alguém participar dessa coisa que chamo de vida, sem perder a essência?! Como criar raiz e permanecer em movimento? Como ser dois sem deixar de ser um?!


Sempre que a gente escolhe algo, está disposto abrir mão de outra coisa tão importante quanto. Mas o que é fundamental para o nosso crescimento e essência? Como crescer sem se perder? Como pluralizar a singularidade das pequenas coisas que só percebemos em paz com nossos pensamentos?! Até que ponto a dúvida é sinal divino?


domingo, 7 de setembro de 2014

The end..

De repente eu sabia qual era a música certa. Tudo é sempre o fim. 


Ele era um amor, o meu amor. Mas não me preenchia mais, tive que deixa-lo. E hoje? Sigo a vida conforme os dias. Canto, danço, choro e dou gargalhadas. Rezo pra que Deus me mostre um caminho e me apego a qualquer pedacinho de fé.

Estar só é a coisa mais nova que já experimentei em toda a minha vida. Quando pequena tinha minha família e bastava, hoje a família continua bastando mas algo falta. Sempre namorei, sempre compartilhei a minha vida com alguém e pela primeira vez resolvi compartilhar comigo mesma. Tive que escolher entre a busca pelo verdadeiro EU ou um "amor" que... sei lá, já estava nocivo, e.. bem, minha escolha  não é difícil de adivinhar, afinal aqui estou né?!
Hoje, todos os dias tento ser mais filha dos meus pais e mias irmã da minha irmã. Busquei meus amigos, aqueles que mesmo eu me afastando nunca me abandonaram. Busquei Deus, como uma filha pródiga. Busquei redenção em todos os lugares que pudesse. Busquei a paz.
Eu encontrei a dor e descobri o que era solidão. Só eu sei o quanto doeu, e fez crescer. Eu quis parar, desistir... mas não podia, tinham pessoas que dependiam de mim (graças a Deus) e EU também dependia de mim, os meus sonhos dependiam das minhas escolhas. Eu deitei no chão em posição fetal e chorei toda a minha dor... Chorei da forma mais dolorosa do mundo e ainda assim não chamei ninguém porque eu precisava passar por aquele momento. Precisava do luto. Eu sabia que por mais que eu corresse ou fugisse, tudo me acompanharia, eu precisava encontrar um ponto de equilíbrio para tudo aquilo e deixar que o meu coração seguisse adiante. Que ele escolhesse o que fazer..

Minha vida mudou completa e repentinamente. Eu voltei a estudar e buscar pelos meus sonhos, voltei a ouvir as músicas que eu gosto, passei a frequentar os lugares que me apetecem, conheci lugares que eu queria conhecer, Trilhei uma linha. Segui adiante confirme mandava o roteiro. Estou feliz com isso, mas e agora?

Qual meu próximo passo?






domingo, 1 de junho de 2014

platonicamente platônico

Expressa, tocar, sentir, ser. Colocar pra fora aquilo que se sente (e ressente). De nada adianta tentar esconder: os olhos negam, o corpo entrega. Deixamos entendido o que as palavras subtendem, o que as palavras insistem em esconder. Alias, pra que tanta briga interna? 

O coração escolhe, a alma recorre e a cabeça nos trai. Por mais que o controle pareça possível e que o medo seja tangível, existem coisas sem explicação (ainda que adentrem nossa desordenada lógica.) 

O coração pulsa, a cabeça pede desculpas, o interno não para de falar. O olhar direciona, a perna flexiona e o sorriso não para de condenar. Culpada, assumo sem culpa‼ Resguardada pela esperança de que o breve se eternizará. 

Eternizará como desejo, como anseio, o como o sentimento de pulsar. 

Pulso leve que acalma: ensurdecedor, orientador. Não te quero, só quero a sensação de te ver. 

A calma, a alma. O pulso agora... Para.

domingo, 11 de maio de 2014

VENHA, POR FAVOR

Eu espero alguém que não desista de mim mesmo quando já não tem interesse. Espero alguém que não me torture com promessas de envelhecer comigo, que realmente envelheça comigo. Espero alguém que se orgulhe do que escrevo, que me faça ser mais amigo dos meus amigos e mais irmão dos meus irmãos. Espero alguém que não tenha medo do escândalo, mas tenha medo da indiferença. Espero alguém que ponha bilhetinhos dentro daqueles livros que vou ler até o fim. Espero alguém que se arrependa rápido de suas grosserias e me perdoe sem querer. Espero alguém que me avise que estou repetindo a roupa na semana. Espero alguém que nunca abandone a conversa quando não sei mais falar. Espero alguém que, nos jantares entre os amigos, dispute comigo para contar primeiro como nos conhecemos. Espero alguém que goste de dirigir para nos revezarmos em longas viagens. Espero alguém disposto a conferir se a porta está fechada e o café desligado, se meu rosto está aborrecido ou esperançoso. Espero alguém que prove que amar não é contrato, que o amor não termina com nossos erros. Espero alguém que não se irrite com a minha ansiedade. Espero alguém que possa criar toda uma linguagem cifrada para que ninguém nos recrimine. Espero alguém que arrume ingressos de teatro de repente, que me sequestre ao cinema, que cheire meu corpo suado como se ainda fosse perfume. Espero alguém que não largue as mãos dadas nem para coçar o rosto. Espero alguém que me olhe demoradamente quando estou distraído, que me telefone para narrar como foi seu dia. Espero alguém que procure um espaço acolchoado em meu peito. Espero alguém que minta que cozinha e só diga a verdade depois que comi. Espero alguém que leia uma notícia, veja que haverá um show de minha banda predileta, e corra para me adiantar por e-mail. Espero alguém que ame meus filhos como se estivesse reencontrando minha infância e adolescência fora de mim. Espero alguém que fique me chamando para dormir, que fique me chamando para despertar, que não precise me chamar para amar. Espero alguém com uma vocação pela metade, uma frustração antiga, um desejo de ser algo que não se cumpriu, uma melancolia discreta, para nunca ser prepotente. Espero alguém que tenha uma risada tão bonita que terei sempre vontade de ser engraçado. Espero alguém que comente sua dor com respeito e ouça minha dor com interesse. Espero alguém que prepare minha festa de aniversário em segredo e crie conspiração dos amigos para me ajudar. Espero alguém que pinte o muro onde passo, que não se perturbe com o que as pessoas pensam a nosso respeito. Espero alguém que vire cínico no desespero e doce na tristeza. Espero alguém que curta o domingo em casa, acordar tarde e andar de chinelos, e que me pergunte o tempo antes de olhar para as janelas. Espero alguém que me ensine a me amar porque a separação apenas vem me ensinando a me destruir. Espero alguém que tenha pressa de mim, eternidade de mim, que chegue logo, que apareça hoje, que largue o casaco no sofá e não seja educado a ponto de estendê-lo no cabide. ...


- 
( Fabrício Carpinejar )

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Nova forma de sentir.

Eu tive que sair. Se eu não saísse de lá naquele exato momento eu desmoronaria, e acredite: eu desmoronando não sou nada sexy.
Não foi nada que você disse ou fez. O problema ali era apenas a minha idealização de um romance perfeito e a nossa distância quase tangível. Não adianta, por mais que a gente tente se manter consciente e racional o coração trairinha sempre pega quando estamos mais desprevenidas.
A situação é simples, a lógica disso é algo que pra minha (e nossa) sanidade mental é melhor abdicar. Sabe quando o que dói, dói de bonito? (Sim, acabei de dar um tapa em mim mesma pelas contradições visíveis). O problema é exatamente o que não aconteceu e a bendita idealização de que seria perfeito, diferentes, com filhos lindos e casinha serena.
É só isso.
É igual aquela música: A paz, do Gilberto Gil. Nada mais, nada menos. Só isso:

"A paz 
Invadiu o meu coração 
De repente, me encheu de paz 
Como se o vento de um tufão 
Arrancasse meus pés do chão 
Onde eu já não me enterro mais 

A paz 
Fez o mar da revolução 
Invadir meu destino; a paz 
Como aquela grande explosão 
Uma bomba sobre o Japão 
Fez nascer o Japão da paz 

Eu pensei em mim 
Eu pensei em ti 
Eu chorei por nós 
Que contradição 
Só a guerra faz 
Nosso amor em paz 

Eu vim 
Vim parar na beira do cais 
Onde a estrada chegou ao fim 
Onde o fim da tarde é lilás 
Onde o mar arrebenta em mim 
O lamento de tantos "ais" "

;)

segunda-feira, 21 de abril de 2014

é de você que eu lembro sempre;



É de você que eu lembro sempre. Da nossa história torta, cheia de erros, mentiras e amor.
É de você que eu lembro sempre, de quando você me esperava em casa, na cama ou na vida. É de você que eu lembro sempre, daquele seu perfume barato, daquele seu sonho parado, daquele seu jeito amável. É de você que eu lembro sempre, da sua ausência perdida, da sua cara sentida, do seu mundo partido. É de você que eu lembro sempre, sua sua família problemática, da sua conversa exagerada e dos seus amigos banais. É de você que eu lembro sempre, do seu abraço sincero, do seu olhar de mistério, da cumplicidade infinita. É de você que eu lembro sempre, da sua incompreensão consentida, da rua risada perdida, da sua mentira bonita. É de você que eu lembro sempre, da irresponsabilidade descarada, da coragem declarada, da sua fuga programada. É de você que eu lembro sempre, das noites mal dormidas, do sonho de uma vida, da capacidade de continuar. É de você que eu lembro sempre, na fila do supermercado, na escolha de livros baratos, no jeito de sentir. É de você que eu lembro sempre, nas festas de família, na saudade da rotina, no dia amanhecer. É de você que eu lembro sempre, na música não declarada, na mensagem não enviada e na verdade entalada. É de você que eu lembro sempre, no coração de verdade, na briga por qualquer vaidade e nas loucuras da cidade. É de você que eu lembro sempre, na roupa que vou escolher, na aventura que vou viver e no vazio que vai conter. É de você que eu lembro sempre, na idéia de amor da vida, na desesperança nela contida, na capacidade de se surpreender. É de você que eu lembro sempre na infantilidade exacerbada, na atitude desequilibrada, na falta do que fazer. É de você que eu lembro sempre, na transferência de responsabilidade, na carência de diversidade, na essência de liberdade. É de você que eu lembro sempre, no filme que passa na tevê, naquela história que a gente lê, naquilo que eu vejo acontecer. É de você que eu lembro sempre, na vontade de compartilhar o meu dia, na paz quando a gente sorria, na falta de companhia. É de você que eu lembro sempre, nas reuniões que você não ia, na falta que você fazia e no buraco que me conduzia. É de você que lembro sempre, quando vejo minha coragem, quando sinto de verdade, quando apago as imagens. É de você que eu lembro sempre quando revejo qualquer foto, quando vivo um negócio, quando penso no próximo. É de você que eu lembro sempre, na inconstância de propósito, na falta de um motivo, em um dia sem sentido. É de você que eu lembro sempre, quando a cama está fria, quando a casa está vazia, quando quero companhia. É de você que eu lembro sempre, quando o estômago tá revirado, quando preciso de cuidado, quando preciso de amor. É de você que eu lembro, quando a casa está em paz, quando loucura não a mais, quando a palavra vem a tona. É de você que lembro sempre, quando penso em inocência, quando vejo impaciência, quando sinto solidão. É de você que lembro sempre, quando encontros seus amigos, ou um caso mais antigo, quando encontro uma distração. É de você que eu lembro sempre que a casa está em ordem, que a vida me trás sorte, quando tem menos confusão. É de você que eu lembro sempre, quando penso nos meus erros, quando encontro meus acertos, quando me conformo com a situação. É de você que eu lembro sempre, nos livros mais antigos, no romance escondido entre ciência e ficção. É de você que eu lembro sempre, na piada engraçada, na pessoa sarcástica, na autêntica confusão. É de você que eu lembro sempre na minha louca liberdade, na vida de bondade, na eterna satisfação. É de você que eu lembro, quando testo sedução, quando morro de emoção, quando quero uma paixão. É de você que eu lembro, quando a cerveja está gelada, quando a cerveja acaba, quando falta coração. É de você que eu lembro sempre, no vazio infinito, na ausência de um atrito, na desordenada confusão. É de você que eu lembro sempre, no email que eu recebo, na falta de um segredo, na voz do coração. É de você que eu lembro sempre, quanfdo vejo a vida mais bonita, quando penso se valia aquele tempo de aflição. E de você que eu lembro, quando penso em injustiça, quando lembro as armadilhas em que você deixou meu coração. É de você que eu lembro sempre, que eu penso em ingratidão e na falta de compreensão nas decisões que sempre estiveram em sua mão. É de você que eu lembro sempre, quando se fala de atenção, e na falsa sensação que eu senti em suas mãos. É de você que eu lembro sempre, quando penso no futuro, quando te vejo inoportuno para me acompanhar na mutação; É de você que eu lembro sempre, quando vejo amanhecer, quando vejo o sol morrer, quando lembro o que você me fez sofrer. É de você que eu lembro sempre, que eu quero conversar, quer eu quero desabafar sem alguém pra me julgar. É de você que eu lembro sempre, que eu vejo o amor morrer, que eu vejo entardecer e que eu não tenho pra onde correr.
É de você que eu lembro sempre...
... Lembro e não quero mais.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

doce rotina

Eu fecho os olhos... e consigo me imaginar lá. Sempre que me pego pensando no meu futuro, imagino você bem ao meu ladinho, e tenho a sensação de que não seriamos nada menos que plena, incansável e incontestavelmente feliz. 
Consigo até visualizar nosso quartinho, nosso abraço ao acordar, nossa paz ao dormir, nosso almoço acompanhado por uma taça de vinho, nossas conversas em volta da mesa de jantar, nossa “reunião” para os amigos, nossa ligação de cuidado durante o dia, nossa saudade mansinha, nossos eternos descobrimentos, nossas conversas sobre qualquer trivialidade, nossas idas ao cinema, nossas manhãs de Sábado, nossos dias de sol, nossos dias de frio, nossas músicas, nossas, nossas e nossas tantas particularidades. Dá pra acreditar que eu me vejo gostando da paz da rotina? Consigo sentir a eletricidade que emana da sua pele sempre que se aproxima da minha e sei que essa energia bonita nunca iria acabar. 
De repente o futuro não dá medo nenhum, e eu me inflo da certeza que o que temos nunca se perderia, e que a felicidade seria algo tão constate, tão constante, que seriamos capazes de enfrentar o mundo. Juntos seriamos tão fortes. Uma nova vida tão natural que entrou na minha vida. 
Eu me sinto tão pronta, que até me sinto em paz. 
...Aí eu abro os olhos.