sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Luto.


 Uma vontade de gritar que a vida não é justa, e que o a sexta-feira pode ir à merda já que levaram vocês, que o tempo pode muito bem voltar pra uma das madrugadas em que nos encontrávamos perdidos por aí, para alguma sexta-feira, alguma festa. Que o tempo pode muito bem voltar pra quando éramos mais próximos. Mas o tempo não volta, o abraço que dei semana passada (será que dei mesmo a porra do abraço?) foi muito pouco.
Sobra a dor de quem ficou, a certeza de que vocês passaram a iluminar uma nova dimensão. E a lágrima parece pesada, no fundo ainda não dá pra acreditar...

Hoje, sexta-feira, e o nosso encontro não teve risadas, nem comemorações, nem cervejas. Dessa vez só houve uma triste e silenciosa despedida.

Que te cuidem bem Pedro Turquetti e Pedro Mattos!
Descansem em paz!


“...Antecipaste a hora. Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas. Que poderias ter feito de mais grave do que o ato sem continuação, o ato em si, o ato que não ousamos nem sabemos ousar porque depois dele não há nada? Tenho razão para sentir saudade de ti, de nossa convivência em falas camaradas, simples apertar de mãos, nem isso, voz modulando sílabas conhecidas e banais que eram sempre certeza e segurança. Sim, tenho saudades. Sim, acuso-te porque fizeste o não previsto nas leis da amizade e da natureza nem nos deixaste sequer o direito de indagar porque o fizeste, porque te foste..."


- Drummond

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Coração apertado.


Escrevo com o coração apertado, espero que nada de mal aconteça.


Uma vez eu ouvi que para ganhar ás vezes é necessário perder.

O que temos de mais valor é a nossa vida, sem ela nenhum sonho pode ser alcançado, nenhuma festa seria curtida, nenhum abraço seria compartilhado. A vida é a essência, e é dessa essência que brotam: amor, felicidade, sorrisos, amizade... 

Osasco, Carapicuiba e região estão de fato passando por um momento delicado. Não sou perita pra julgar a gravidade da situação, mas no fundo, todos nós temos o instinto de auto-presenvação, um sexto sentido. Talvez hoje seja um dia de curtir a casa. Ficar quietinho... Quem sabe ver um filme, começar um livro, tomar um banho beeem demorado, dar aquele descanso para o corpo que a gente tanto merece? Podemos aproveitar esse caos para refletir o rumo que a humanidade está tomando. Não para achar culpados, mas para nos depararmos com as soluções, motivos e o nosso papel nisso tudo.

A mídia talvez não divulgue, talvez (se Deus quiser) não aconteça nada!

Mas peço de todo meu coração aos meus familiares, amigos, parceiros de festas, colegas, conhecidos, inimigos.. qualquer coisa... Pensem duas vezes antes de sair de casa hoje.
Aprendi que 10% da nossa vida é responsabilidade das nossas escolhas, os outros 90% são consequência das nossas escolhas...



Cuidem-se, cuidem-se e cuidem-se!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

pelo amor de Deus, escreva!



Dizem que mentalizar o que se deseja escrevendo funciona, então vamos lá: Que escreva!
Escreva pra dizer que está com saudade, escreva pra dizer que pensou em mim, escreva pra dizer que ta um saco, escreva pra dizer que não quer me ver, escreva pra dizer que me ama, escreva pra dizer que me odeia, escreva pra me chamar de princesa, escreva pra me chamar de sua, escreva pra me chamar de gorda, mas pelo AMOR DE DEUS, Escreva!

Qualquer coisa boba, qualquer coisa tola, qualquer coisa tonta. Mas, alguma coisa.

Escreva pra dizer que está se divertindo horrores com os amigos, escreva no meio da madrugada, escreva bêbado, escreva sóbrio. Escreva mais do que deveria, escreva menos do que queria.
Mas pelo amor de Deus, ESCREVA!

Eu tenho essa personalidade meio gato, meio gente. Falo tudo, escrevo muito, sinto coisas que dificilmente cabem dentro de mim e ás vezes queria que o mundo inteiro fosse assim. Quero não esperar pela hora certa, pelo momento exato, pelo socialmente correto. Eu só quero ir, só quero fazer, falar, escrever, sentir. Eu só quero o mundo inteiro sem pausa e sem reservas. Sem ter que ouvir o telefone mudo, ou sem parecer à maluca (que sou).

Eu colei um post-it na minha mesa, eu colei um lembrete no meu coração.
Só quero viver o TUDO, muito e sempre. É pedir demais?!
Porque se for, nem se aproxime...

;)


(Fernanda Mello)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Ao homem que morreu um pouco dentro de mim,


Querido,

Feche seus olhos agora, e imagine que tudo voltou ao normal. Respire fundo e sinta, está tudo bem! Estou bem ao seu lado. Imagine nosso riso e sinta cada parte de você sorrir também. Seus olhos brilhavam, eu lembro. Seu humor contagiava, posso sentir. Você era mais leve, você era mais feliz.
Eu podia flutuar em balões e sorrir doce. Eu tinha a alegria nos olhos. Eu tinha esperanças.
Está tudo bem meu amor,
Estou aqui nos teus dias, sorrindo pra te aliviar. Carregando os maiores pesos, pra não te preocupar.
Voltamos ao começo amor..
Onde nossos pensamentos se atraiam, e traiam. Onde as pernas bambeavam e a magia acontecia. Onde a parte ruim de nós morria.
Preste atenção,
O mundo está no mesmo lugar, as pessoas com suas mesmas rotinas, os nossos amigos com os mesmos sorrisos. Onde estamos amor?
Eu te prometo,
Esterei aqui durante a noite e não te deixarei sentir medo. Te perdoarei dos seus erros, e me distanciarei dos meus. Cuidarei dos nossos frutos e te mostrarei tudo de secreto que mora em mim.
Me abrace amor,
Que todo o resto se resolve..

quinta-feira, 17 de maio de 2012

do filme a vida real.


Eu estava lembrando o Filme cidade dos anjos, que contando bem resumidamente é a história de um anjo que se apaixona por uma médica e renuncia sua vida plena e todos os dons para viver um grande amor ao lado dela. Depois de ter se tornado humano e passado uma única noite ao lado dela, acontece um acidente e fatalmente ela morre. Lógico que ele ficou extremamente triste e é uma das cenas mais tocantes de filme que eu já assisti, mas o que eu acho esplêndido nesse filme é quando perguntando se ele renunciaria a vida de anjo mesmo sabendo que ela morreria, e ele respondeu: “- Prefiro uma vida inteira tendo tocado cada parte dela, do que a eternidade sem sentir o amor...”
E é esse o trecho de filme que mais falou comigo até hoje. Em partes porque eu sou marruda demais pra assumir fraquezas, e em partes porque eu sempre senti dessa forma meio louca e inconsequente, mas cheia de beleza e magia.
No último ano eu tenho aprendido a ser mais leve, e isso tem me feito enxergar que amor não se exige, não se revoga, não se pede. Esse tipo de sentimento tem a pretensão de ser eterno, a obrigação de ser leve e a contradição de não obedecer a regras. Acredito que o segredo maior desse filme é que o personagem não viveu aquela única noite caindo nas ciladas dos planos terrenos – ele simplesmente amou a mulher dona de seu afeto justamente como se não houvesse amanhã e no final de tudo, apesar da tristeza pela morte, ele teve a total certeza de que foi o melhor.
Bom, acho que essa é a minha lição do dia: Amar sem planos, sem reservas. Apenas sentir.

(pode parecer loucura, mas neste exato momento comecei a sentir o cheirinho do homem a quem dedico afeto. Será que é ele ou esse cheiro já voltou a tomar conta de mim? rs)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Ritmando;


Alguém já ouviu aquele ditado “Os apressados comem cru”? Pois é meus amigos, PASMEM: Eu, Margareth Moura – a pessoa mais apressada de todos os tempos –, venho aqui me redimir e dizer: Quanto maior a espera, maior a recompensa!
Não estou escrevendo por nada que eu ganhei, mas por tudo o que eu perdi. Estou aqui pelas pessoas que eu perdi, pelas oportunidades e soluções que eu não esperei amadurecer.
Quem me conhece um tiquinho, sabe do que eu estou falando. Eu tenho uma ansiedade, disfarçada de pressa, que não acaba nunca. Pressa de tudo, para tudo, para nada. Eu tenho pressa pra chegar. Pra sair. Pra encontrar. Pra me despedir. Para aniversários e datas comemorativas. Tenho uma pressa maior do mundo pra ter um dia de paz. Tenho pressa de: dormir, acordar, sonhar. Eu tenho pressa em falar o que está engasgado no peito e em viver tudo como se o mundo fosse acabar amanhã.
Mas, algo dentro do meu coraçãozinho desassossegado, está alertando que é hora de desacelerar, algo está acalmando meus passos (Agora lentos) e ritmando as batidas do meu coração. Parece até melodia, percebe?! Depois de anos ouvindo o som das baterias, agora só quero viver a melodia do vento. De alma leve e coração sereno.
Depois de duas décadas perdendo pessoas e coisas que amava por não estar preparada pra elas, hoje eu só quero me dedicar a alguém que me ame e amar sem medos, pressas ou receios. Eu não sinto mais pressa de viver, essa vida que se anuncia tão longa e breve... Eu só quero ser intensa, sem peso. Eu só me sinto intensa sem peso e sem pressa.
É possível?

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O Amor do Pequeno Príncipe...

"(...) Desde agora, cinco da tarde, até a hora em quer for dormir, estarei sozinho, porque disse a todos os meus amigos que estava muito cansado e não queria ver niguém.
A menininha para quem cuidadosamente reservei esse tempo livre nem se deu o trabalho de me avisar que não viria.
Descubro com melancolia que meu egoísmo não é tão grande assim, pois dei ao outro o poder de me magoar.
Menininha, foi com carinho que lhe dei esse poder. É com melancolia que a vejo usá-lo.
Os contos de fadas são assim. Uma manhã, a gente acorda e diz: 'Era só um conto de fadas...' E a gente sorri de si mesma. Mas, no fundo, não estamos sorrindo. Sabemos muito bem que os contos de fadas são a única verdade da vida.(...)"

- Saint-Exupéry

sábado, 21 de janeiro de 2012

De um universo a outro.


É difícil mudar de casa. Sair da casca. Deixar o quentinho do cobertor. Sair do banho e alcançar a toalha. Mudanças são contrastes de estados e, por isso, doloridas. É nascer de novo sair de uma relação para o vazio. Ou para outra. É preciso coragem e ruptura. É preciso acreditar. Comum permanecermos imóveis por mais que o suportável. Sair do banho e agachar enrolado na toalha, pensando na vida. Demorar um tempo até tomar coragem pra mudar de posição. Mudar é um parto, sempre. Mesmo que o novo mundo seja melhor. Diante do universo inteiro que se anuncia novo, o de alguém que chegou de surpresa, muitas vezes nos acovardamos.




quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

*

"Don't be afraid, open your mouth and say what your soul sings to you... Your mind can never change unless you ask she to Lovingly re-arrange!
The thoughts that make you blue, the things that bring you down only do harm to you... So make your choice joy! The joy belongs to you!!
And when you do uou'll find the one you love is you. You'll find you love you!!"
- Massive Attack






;)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Onde estão as pessoas interessantes?

Não sei mais o que fazer das minhas noites durante a semana. Em relação aos finais de semana já desisti faz tempo. Tô fora de dançar os hits das rádios e ter meu braço ou cabelo puxado por um garoto que fala 'tipo assim', 'gata', 'iradíssimo'. Tinha me decidido a banir a palavra "balada" da minha vida e só sair de casa para jantar, ir ao cinema e a uns barzinho. Mas a verdade é que por mais que eu ame minhas amigas, a boa música e um bom filme, sinto falta de um amor. Me pergunto onde foi parar a única coisa que realmente importa e é de verdade nesta vida: a tal da química. Mas então onde, meu Deus? Onde vou encontrar gente interessante? Até quando vou continuar achando todo mundo idiota demais pra mim e me sentindo a mais idiota de todos? Foi então que eu descobri. Elas estão exatamente no mesmo lugar que eu agora, pensando as mesmas coisas, com preguiça de ir nos mesmos lugares furados e ver gente boba, com a mesma dúvida entre arriscar mais uma vez e voltar pra casa vazio ou continuar embaixo do edredom lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito. A verdade é que as pessoas de verdade estão em casa. Não é triste pensar que quanto mais interessante uma pessoa é, menor a chance de você vê-la andando por aí?

;)

Citação




isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além


-  Leminski


;)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A internet não é boa ou má: apenas é.

“Desde que descobrimos o fogo, lamentou-se que, de alguma forma, esqueceríamos como fazer saladas. Quando inventamos a roda, que esqueceríamos como andar. E, quando inventamos a internet, que nos esqueceríamos como pensar. A diferença é que, no caso da internet, isso pode ser verdade.”



Atualmente a internet é tanto uma fonte de informação quanto uma fonte de distração, mas você já parou pra pensar que ela pode acabar emburricando as pessoas?

Podemos observar claras evidências dos efeitos negativos no uso contínuo da internet. Estudos de registro apontam que internautas em geral, optam por pesquisas muito superficiais pela facilidade em encontrar as informações nos acervos de bibliotecas digitais (nem sempre confiáveis), conseqüentemente acabam adotando uma personalidade comportamental muito rasa e horizontal.

Se os estudos realizados por Garry Marshall estiverem certos, a tendência é que esse quadro piore á medida que os acessos a internet sejam cada vez mais freqüente, principalmente através da disseminação dos smartphones  e tablets que permitem a conexão 24h. Você já parou pra pensar o que a navegação pode fazer com sua cabeça?

Fazer buscas online é uma forma de simplificar informações e exercitar o cérebro, e no caso dos idosos, aumentar a cognição. O problema crucial observado nessas pesquisas rápidas, é que se tende a ter um pensamento bagunçado e descontinuo trocando de idéias com a mesma velocidade na qual se troca de site. Ou seja, temos um cérebro amplo de informações, mas superficial de conteúdos. A velocidade das buscas online tem como indicador principal (e preocupante) o pouco tempo gasto na avaliação da relevância, precisão ou autoridade dos dados vinculados. Os usuários, atualmente, estão mais interessados na velocidade da informação do que com seus reais e principais aspectos, como relevância por exemplo.

A tecnologia – em nosso caso, internet – não é boa ou má: apenas é. E apesar de poder dificultar nossa capacidade de concentração, nos trás a incrível capacidade de lidar com quantidades colossais de informações. O problema é que alguns usuários podem acabar viciados, e revertendo alguns efeitos sutis na vida comum. Em contra partida, pesquisas comprovam que internautas blogueiros e que postam em redes sociais freqüentemente, tem maior capacidade de leitura e escrita.

A questão que fica é: Como maximizar os benefícios e evitar riscos em potencial?

Pelo inferno e o céu de todo dia...


(porque existem horas nessa vida que só a arte - ou o bom humor - podem nos salvar...)


Vim ao mundo para questionar. Para me entender. Para ser feliz. Por isso, escrevo. Palavras são minha terapia. Meu remédio. Meu ponto de fuga e encontro. Na arte, eu me busco. É lá que eu sempre estou. Procurando o verbo, indagando a letra, consolando a frase que chegou ao fim. Quer me conhecer? Me encontre naquele romance antigo, segundo parágrafo, mostrando que a solidão não deve se atravessar a sós. Talvez eu possa – e isso é quase certo – me mudar pros tons daquela bela música e por lá ficar: “feita de luz mas que de vento”... Ah, me desculpem os Jungs, Freuds e Lacans. Mas Chico Buarque me entenderia! Alguns artistas – e nisso incluo poetas, músicos e demais sonhadores - parecem conhecer a fundo a alma humana. Quando falam de si, mostram um pouco também de nós. Quem nunca pensou, ao menos por um segundo: essa canção foi feita pra mim? Eu já me apropriei de centenas de músicas (com o devido crédito ao autor, é claro), que dizia serem "minhas". Naquele momento, elas - e só elas - pareciam entender o que eu sentia. Letra por letra. Rima por rima. Em cada nota, um espanto. E uma sensação de pura comunhão com o mundo: é, eu não estou sozinha. A arte também foi feita pra unir. Pra protestar. Para seduzir. Por isso, passo a vida escrevendo. Lendo. Garimpando frases. Buscando o verso certo. A estrofe perfeita. Ou um conhecimento maior sobre mim mesma. Se estou conseguindo? Não sei. A arte nem sempre é bondosa. Um dia nos pega no colo e, no outro, nos faz enxergar o que ainda é difícil de ver. Mas tudo bem. Enquanto houver um poema pra nos consolar e uma boa canção pra nos comover, "a gente vai levando".