terça-feira, 17 de novembro de 2015

Um anjo.

Escrevo pra te contar que mais um quase-amor acabou, escrevo pra te contar que igualzinho todas as vezes: Eu chorei, esperneei, fiquei com cara de sapo, doeu, perdi a forme e o sono. Só que dessa vez eu não fiz escândalo, não contei pra ninguém que a cicatriz do passado abriu e juntou com o novo arranhão e por isso doeu. Que misturar dores dá uma ressaca mais intensa que misturar bebidas. Não contei, pois ninguém me entenderia como você sempre fez.

E por isso te escrevo.

Escrevo porque isso me fez sentir uma tremenda falta de você.
De você e da sua companhia, de você e das nossas incontáveis conversas, de você e do seu jeito maluco de trazer humor para os dias. Senti falta de suas teorias malucas, de você e da nossa cumplicidade absoluta, de você e dos nossos segredos e confissões. Dos filmes antigos, das discussões sobre livros, de todas as rolhas de vinho.

Senti falta de você e das possibilidade de poder contar tudo a alguém que não vai julgar, não vai sumir, não vai criticar.

Queria mais uma vez, poder chorar mais uma dor com você. Poder contar o quanto eu me enganei e o quanto acreditei que as pessoas realmente dizem quem são.

Queria ver você me preparar uma sopa, me arrumar no sofá e dizer que tudo (como sempre) vai passar.

E você estando aqui, tudo.
T-U-D-O mesmo.
Tudo ia passar.

Que os anjos estejam te cuidando bem...

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